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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Encontro de Gonzagueanos



Baile que segue ...



 Programação

18h45 - Abertura:

- Feirinha de Arte e Artesanato
- Feirinha de Comidas Típicas
- Feirinha de Literatura Popular
- Exposição de Xilogravura


19h00 – Discotecagem em Vinil, por Saulo Matos


20h00 – Banda de “’Pífe’ Esquenta Muié”


21h00 – Declamação do Cordel “Seu Lua, Rei do Baião”, por Zezé de Boquim


21h10 – Trio Pé de Serra “Canja de Bode”


22h00 – Toada e Declamação de Cordel, por Ronaldo Dória


22h10 – Carlos Moreno e Trio


               - Lançamento do CD “Se Choveu, Choveu no Mar”


23h00 – Poesia que Canta e Fala, por Renílson Lima


23h10 – Entrega do Título “Gonzagueanos”


23h40 – Bob Zé e os Cabras da Peste


00h40 - Declamação (En) Toadas de Cordel, por Eduardo Lopes Teles


00h50 - Mimi do Acordeon e Douglas Gavião


01h50 – Balança Eu

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Forrobodó Ss + Cantinho Cultural


  O FBSs em parceria com o Cantinho Cultural esquenta a noite do dia 08/09 com muito forró. E os convidados da noite são Forró do Bolodório de Cruz das Almas /BA e Erick Souza que recentemente conquistou o segundo lugar no maior festival de forró do páis, o Fenfit ( Festival nacional de forró de Itaunas/ES), além da ilustre presença do poeta cordelista Eduardo Teles da Barra dos Coqueiros/SE.  Ainda teremos a discotecagem 100% em vinil com o Forrobodó Vinil Ss. 




quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Café Forrozófico - Curso de Extensão UFS


Café Forrozófico - Primeiro Módulo





  O FBSs parebeniza a todxs os envolvidos no projeto e agradece em especial o Proff. Hernany Donato e o poeta cordelista Eduardo Teles pela oportunidade de participar e construir o curso. 
   O Café foi dividido em três módulos: Pré - forrozóficos, Forrozóficos e Pós Forrozóficos.
   No Primeiro abordamos as definições acerca do nome Forró e os diversos ritmos que compunham a festa que mais tarde se tornaria gênero e ritmo nas mãos da indústria fonográfica.
   Na segunda parte trataremos do Forró a partir da sua apropriação pelo mercado de discos.
  Já na Terceira discutiremos a atual cena do Forró, desde a "retomada" com o dito Forró universitário, transformação das mídias, mercado de consumo e dos festivais até os dias atuais.
  
   Os outros dois módulos acontecerão em Setembro e Outubro no Campus de São Cristovão/SE da Universidade Federal de Sergipe.

   *Parabéns também aos participantes, dos mais variados cursos por esgotarem as vagas oferecidas e por terem abrilhantado o curso com suas experiências. 











domingo, 30 de julho de 2017

Scurinho Zabumbada - Na Batida do Seu Coração - Cd


FBSs compartilha :
Scurinho Zabumbada - Na Batida do Seu Coração - Cd

 Gilton Santos Lima, mais conhecido como Scurinho Zabumbada, começou na música aos 7 anos de idade, tocando agogô com seu pai nos “forrós da vida”. Scurinho é filho de Ararão do Nordeste (sanfoneiro e cantor), e com ele tocou até os 17 anos. Depois tocou 9 anos com o sanfoneiro Erivaldo Carira, onde pode conhecer seus filhos Thais Nogueira e Mestrinho formando assim, em 2006, o Trio Juriti.
 Com o Trio Juriti participou do Festival de Forró em Itaúnas – ES, em que foi indicado entre os três melhores zabumbeiros do festival e seu trio nomeado como TRIO REVELAÇÃO. Acabando o festival, saiu de sua cidade natal (Aracaju) para ganhar o mundo, indo morar em São Paulo no final de 2006.
  Em 2007, com o trio Juriti, gravou o disco “Forró Irresistível” com os emboladores Caju e Castanha e em 2008 o disco “Cara a Cara” com a participação especial de Elba Ramalho, Dió de Araujo e Dominguinhos.
 Nessa trajetória também fez participações em shows de vários artistas do cenário Nacional como Dominguinhos, Elba Ramalho, Dorgival Dantas, Edson Duarte, João Silva, Cezzinha, Mestrinho, Genival Lacerda, Messias Holanda, Aldemario Coelho, entre outros. Participou da gravação de CDs de João Silva e de Mestre Zinho, gravando zabumba e coral.
 Gravou em 2015 e lançou em 2016 o seu primeiro CD solo, com regravações de Dominguinhos, Ary Lobo, João Silva; com participações do Trio Nordestino, Adelmario Coelho, Santana o cantador, Erivaldo de Carira, Thais Nogueira e Amorosa.
* Texto extraído do site www.forroemvinil.com.br

Scurinho Zabumbada - Na batida do seu coração 








Scurinho Zabumbada – Na batida do seu coração

2016

01 Zabumbeiro apaixonado (João Silva)
02 Gavião penerador (Nando Cordel)
03 Preciso do seu sorriso (João Silva – Enok Virgulino)
04 No escurinho (Janaína Pereira)
05 Baião granfino (Luiz Gonzaga – Marcos Valentim)
06 Abri a porta (Dominguinhos – Gilberto Gil)
07 Eta coração (Antonio Barros)
08 Gandaieira (João Silva)
09 Querubim (Dominguinhos – Clésio)
10 Dança do xenhenhem (Antonio Barros)
11 Tocador de uma nota só (Gennaro – Joás)
12 O amor (Missinho – Marquinhos Siriguela)
13 Sambaiãozar (Pinto do Acordeon)
14 Medo de amar (Pajeú – Dió de Araújo)
15 O pilão já bateu (João Silva)
16 Depois se vê (Gennaro)

Para baixar esse disco clique aqui


segunda-feira, 17 de julho de 2017

Forró do Arribar. ( letra )


Forró do Arribar

Morena segura a saia, não deixe a saia arribar  
É nessa pisada que eu vou lhe acompanhar 

Uma cachaça, quatro copos e uma mesa 
tem mulher não tem tristeza
se tem um forró tô lá

Vai ter sanfona, dez *mulher pra xamegar
vai ter zabumba da poeira levantar 
Se tem triângulo sete mesa vai virar..

No Forró do arribar... 


*FBSs.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

FBSs - Esquenta a pista mais uma vez, agora na Noche Buena Onda.



     
  

Madruguinha + FBSs ( Set direto do vinil ).




Cantinho cultural - Aracau/SE. Rua Pacatuba em frente a Aliança Francesa.


Amorosa - Brejeira - Lp


Amorosa - Brejeira - Lp

 Forrobodó traz mais uma vez um disco da musica popular regional brasileira. Trata-se da multi-artista sergipana Amorosa.
 Natural de Itabaiana - SE, Amorosa traz neste excelente disco alguns dos clássicos da musica sergipana, como Côco da Capsulana de Ismar barreto e JOão Alberto que inclusive ganhou o prêmio de melhor interprete Festival Canta Nordeste 93. Sofrendo de Ismar Barreto que foi gravada também por Mestre Zinho e Cheiro da Terra de Claudio Miguel. Além das três,o FBSs destaca : Gururema de João Melo/Ismar Barreto e JOão Alberto;Forró do aperreio de Ismar Barreto e Incendiando de Rubens Lisboa. .Ótimas letras, muita musicalidade e a voz poderosa de Amorosa. Tudo isso está neste Lp de 1993
 Segue abaixo o link do Lp Brejeiro de Amorosa para quem quiser desfrutar desse grande disco, que também está no set do FBSs.



Amorosa - Brejeira - 1993 ( Seleto. *selo)






Lado A

1 - Côco da Capsulana - ( Ismar Barreto/João Alberto )
2 - Gurerema - ( JOão Alberto/João Melo e Ismar Barreto )
3 - Forró do Aperreio - ( Ismar Barreto )
4 - Sofrendo - ( Ismar barreto )
5 - Incendiando - ( Rubens Lisbôa ).

Lado B

6 - Cheiro da Terra -  ( Claudio Miguel )
7 - Laraneiras - ( Amorosa )
8 - Mêlo do Pré-Caju - ( Amorosa )
9 - Artista da Terra - ( Ismar Barreto )
10 - Canta Nordeste - ( Rubens Lisbôa )


Para baixar o arquivo clique aqui



sábado, 1 de julho de 2017

Carta Aberta de Alcymar Monteiro sobre o São João de Campina grande.



Festejos Juninos acabando, porém a questão fica para discussão e construção do próximo ano. E vc o que acha ?

O Forrobodó encorpa a campanha e continua : São João não é festa de peão ! #devolvameusaojoao. Parabéns a todos que abraçaram a ideia !



Carta Aberta de Alcymar Monteiro sobre o “São João de Campina Grande”
22 de abril de 2017 camalaunoticiasblog


Caro Coordenador de Comunicação de Campina Grande, Marcos Alfredo Alves,

Teria dado como encerrada a polêmica sobre o “São João” de Campina Grande, mas sua réplica, e minha presença hoje no Festival Viva Dominguinhos não me permitiram ficar sem uma tréplica.

E por qual motivo a minha presença nesse Festival, que se realiza anualmente na cidade-mãe do Mestre Dominguinhos, Garanhuns, me fez escrever essa resposta? Um motivo singelo: esse evento desmonta completamente a falácia de vocês que falam em “modernizar” a grade das festas juninas, como se isso fosse garantia de maior público e renda para a cidade.

Coordenador, o senhor e o prefeito, conjuntamente a empresa pernambucana Aliança, partem de uma falsa premissa de que uma grade recheada de “atrações nacionais” invalida a presença de figuras históricas da música nordestina que, ao contrário do que o senhor disse, se não têm com certeza deveriam ter cadeira cativa no seu São João.

Coordenador, o senhor fala em terceirizar despesas. E a partir daí já me perdeu no seu texto, tão bem escrito… Me perdeu pelo fato de sua visão de mundo, e creio que a de seu chefe, colidir tão frontalmente com a minha: enxergar o investimento em cultura popular como meramente uma rubrica orçamentária, uma “despesa”.

Coordenador, cultura não é despesa. Cultura é dever. Dever constitucional. Cultura é direito humano fundamental. Está no artigo 27 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, se o senhor não sabe. Cultura é a forma pela qual passamos nossas histórias, nossas danças, nossas músicas, nossa linguagem; enfim, nossa identidade, aos nosso filhos e netos. Cultura é, portanto, tão importante e essencial quanto saúde.

Muito me magoa sua ideia de que eu ou algum de meus colegas de profissão publicou qualquer crítica por estar somente “de fora da grade”. Pessoalmente publiquei um vídeo falando da desvalorização do ritmo forró, intrínseca e indissociavelmente ligado ao São João, em detrimento a ritmos exógenos à nossa realidade.

Coordenador, sem nenhuma falsa modéstia e do alto dos meus mais de 35 anos de carreira artística lhe digo uma coisa: se Alcymar Monteiro, Santanna, Genival Lacerda (e seus 50 anos de carreira!) Jorge de Altinho, Zé Ramalho, Flávio Leandro, Petrúcio Amorim, Geraldo Azevedo, e tantos outros ficaram de fora de Campina Grande, a perda é de vocês. Aliás, de vocês não, do POVO de Campina Grande sim.

E digo mais, Coordenador. E digo com todas as letras, para que fique consignado para a história e bem claro. O que a gestão a qual o senhor faz parte está fazendo com o São João de Campina Grande é crime de lesa-cultura. O senhor não pode, sob o guarda-chuva de “popularidade de ídolos” calar a voz de dezenas de artistas que têm um compromisso com a cultura NORDESTINA.

Há espaço para todos os ritmos em todos os locais. Não sou ingênuo para achar que grandes eventos de massa não são regidos também por interesses comerciais. Mas não podem ser regidos SÓ por interesses comerciais. O senhor fala em parceria público-privada, em profissionalização, todas palavras muito bonitas para qualquer empresa que cuide de qualquer área PRIVADA. Aqui não, Coordenador. O senhor está cuidado de um bem imaterial DO POVO. O senhor está cuidando da herança que essa geração deixará para a próxima. Cultura nunca deu nem nunca daria “lucro”. O “lucro” da cultura é saber que os valores dos seus pais, Coordenador, estão imbuídos no senhor através daquela fogueira que, espero, o senhor tenha pulado, ouvindo Luiz Gonzaga, comemorando com sua família em idos passados.

O senhor ainda faz uma pergunta aberta, querendo saber se as críticas ocorreriam se os artistas que criticam estivessem na grade. Faço questão de vestir a carapuça e lhe dizer com toda franqueza: sim. Enquanto dirigentes públicos buscarem o aplauso momentâneo de grupos que se locupletam da cultura, que estão ali apenas pela força e poder do dinheiro, serei um crítico feroz. Sou compadre de Luiz Gonzaga, e meu compadre me disse que “Moda é igual sapato velho. Todo ano a gente joga fora”.

Então, Coordenador, ficamos assim. Eu daqui do meu lado defendendo a bandeira do que acredito como verdadeira cultura, mesmo indo de encontro ao que está “na moda”. Estarei eu aqui, cantando para mais de 50.000 pessoas em Garanhuns, em honra ao Mestre Dominguinhos. E o senhor, daí, “profissionalizando” o “São João” de Campina Grande. Fazer uma grade de São João por conveniência não engrandece currículo de político algum. Desmerecer artistas que deram e dão o sangue e a vida pela cultura NORDESTINA é digno de vergonha. Não é digno de censura pois censura é o esconderijo dos covardes.

Parafraseando Vandré também, queria dizer que “somos todos iguais, braços dados ou não”. Que tenho certeza que no fundo da alma dos atuais gestores de Campina Grande o que eles fazem está certo, e é o melhor para o povo. Do contrário não conseguiria viver nesse mundo. Não aceitaria pensar que gestores públicos estão pensando primeiro em cifrões e não em seus deveres com seus governados. Me entristece apenas saber que o estrago já estará feito, e será de difícil reparo, quando os senhores enxergarem o quão cegos e errados estão.

O que me preocupa é aquela criança de 5 anos, em formação de personalidade, que vai pela primeira vez com os pais ao Parque do Povo. Ela se verá no palco? Estará no palco uma representação de uma cultura dela, que ela possa se identificar, gostar, preservar e levar para seu futuro? Não. Estará no palco a representação momentânea e efêmera desses tempos loucos, de poucos valores e muitas desvirtuações que vivemos. Estará no palco a escolha de um gestor público pela moda, e não pela cultura. Estará no palco, ao vivo e a cores, a morte da cultura nordestina-brasileira. Aplaudida e cantada, uníssono.

Alcymar Monteiro,
Garanhuns, 21/04/2017

domingo, 25 de junho de 2017

Fenfit 2017


Saiu a programação do FENFIT 2017.


Destacamos a classificação de três músicas de artistas sergipanos - Mimi do Acordeon ( têm sapato p vender ), Erick Souza (Cheiro de flor) e mais uma vez o Balança Eu ( Tempero do Forró ).




Confira a programação completa:


Sábado 15/07 - Festa de Abertura
22h00 DJ FABRÍCIO BRAVIN
22h30 TRIO MARACÁ - ES
00h00 AMELINHA - CE
02h00 NANDO NOGUEIRA - BA
04h00 TRIO FOGUMANO - ES
06h00 ENCERRAMENTO 
Domingo - 16/07  1ª classificatória
22h00 DJ FABRÍCIO BRAVIN
22:30 h - FUÁ DE LATADA - PR (campeões - 16ª edição)
00h00 - JANAYNA PEREIRA - SP
02h00 - apresentação das 6 bandas/trios concorrentes:
TRIO FAISCADA – SP
ESTRELA DE OURO – MG
LAÍS MARQUES – BA
SERELEPE – SP
CAINÃ ARAÚJO – BA
MIMI DO ACORDEON – SE
04:30 - DEDA e HEDRAN - FORRÓ D2 - PB
06h00 - ENCERRAMENTO 
Segunda-Feira - 17/07  2ª classificatória
22h00 DJ FABRÍCIO BRAVIN
22h30 - MARIANA MELO - RJ
00h00 - DORGIVAL DANTAS - RN
02h00 apresentação das 6 bandas/trios concorrentes
ALMA NORDESTINA – PE
TRIO VENTURA – RJ
TRIO CALANDESTINO- ES
MESTRE LUA – DF
FORRÓ CATUABA – SP
ERICK SOUZA – SE
04:30 h - CORAÇÃO NORDESTINO - RJ
Terça-feira - 18/07 - 3ª classificatória
22h00 DJ FABRÍCIO BRAVIN
22:30 - OS 4 MENSAGEIROS - SP
00h00 - HERMELINDA - RN
02h00 - apresentação das 6 bandas/trios concorrentes
FORRÓ 4 ESTAÇÕES – BA
OS KARAS DE LAMPIÃO – PB
BERNADETE FRANÇA – SP
CAPITÃO VIRGULINO – BA
TRIO IPANEMA – SP
TRIO MARIBONDO – RJ
04h30 - DONA ZEFA - SP
Quarta-feira 19/07 - 4ª classificatória
22h00 DJ FABRÍCIO BRAVIN
22:30 - TRIO ESTOPIM - RJ
00h00 - ANASTÁCIA - PE
02h00 - apresentação de 6 bandas/trios concorrentes
BALANÇA EU – SE
BÁBARA GRECO – ES
TRIO SUDESTINO – SP
RAÍZES FORRÓ CLUBE – BA
Trio BALANÇADO – DF
ROSA CARVÃO – RJ
04:30 h - TIZIU DO ARARIPE - SP
Quinta-feira 20/07 - 1ª fase da final
22h00 DJ FABRÍCIO BRAVIN
22h30 - COSME VIEIRA - SP
00h00 - BENÍCIO GUIMARÃES - RJ
02h00 - 1ª etapa da fase final com 06 finalistas
04h30 - MARROM - PB
06h00 - ENCERRAMENTO 
Sexta-feira  21/07 - 2ª fase da final
22h00 - DJ FABRÍCIO BRAVIN
22h30 - XAXADO NOVO- SP
00h00 - ZECA BALEIRO - MA
02h30 - 2ª etapa da fase final com 06 finalistas
04h30 - TRIO XAMEGO - SP
Sábado 22/07 - Finalíssima 
22h00 DJ FABRÍCIO BRAVIN
22:30 h -  RESULTADO CAMPEÕES DO FENFIT
00h00 - FALAMANSA - SP
gravação making off DVD 20 anos da banda,
convidados já confirmados:
TRIO NORDESTINO - RJ
MESTRINHO - SP
JORGE FILHO (RASTAPÉ) - SP
JANAYNA PEREIRA - SP
DIÓ DE ARAÚJO - SP
TRIO VIRGULINO - SP
07h00 - encerramento do Fenfit 2017

domingo, 14 de maio de 2017

Cabeça de frade - Floriano Nogueira


Estamos de volta.

 Após um período sem atualizações devido a problemas de logística, retornamos.
E para essa retomada, escolhemos postar e disponibilizar mais um disco por nós digitalizado. Trata-se de mais um disco da música sergipana : Cabeça de Frade - ( Mistério da natureza).
 Uma banda com muita estradas e historias.. responsável por revelar tantos talentos para a música sergipana, como o talentoso Soenildo Cobra verde.
O disco em questão conta com músicas e vocal de Zé Costa, tem sanfona de Genaro, além de Quartinha na zabumba e já possui a sonoridade dos forrós do inicio da década de noventa, acompanhando a tendência vinda do Ceará com bandas como Mastruz com Leite.
O Cabeça de Frade tem na figura de Floriano Nogueira, natural de Boquim (SE), o pilar fundamental para sua manutenção durante todo esse tempo. Compositor, agricultor, poeta e forrozeiro .... deixemos que ele próprio conte sua história..
Segue abaixo entrevista escrita, matéria de tv a respeito da obra de Floriano e o disco para quem quiser ouvir.





Cabeça de Frade: aquele que gosta do sertão
Abrindo o mês de outubro: o forte bater da zabumba, o vai-e-vem do fole da sanfona, o som agudo e infantil do triângulo, a voz de um pássaro sertanejo, que canta as histórias de amor e dor da sua...
30/09/2003  16:00
Abrindo o mês de outubro: o forte bater da zabumba, o vai-e-vem do fole da sanfona, o som agudo e infantil do triângulo, a voz de um pássaro sertanejo, que canta as histórias de amor e dor da sua terra. A primeira Quintas da Assaim deste mês será prestigiada pelos 15 anos de autêntico forró pé-de-serra do grupo Cabeça de Frade. Floriano Nogueira, cantor,compositor e líder do grupo, tornou-se o Cabeça, tamanha a repercussão que o seu trabalho ganhou. E foi com esse Cabeça, um amante das coisas e do homem do sertão, que o Sergipe Culturalproduziu a entrevista que se segue. Por Marina Ribeiro SERGIPE CULTURAL: Quando despertou para a música? FLORIANO NOGUEIRA: Começou com o conservatório, quando fui morar em Santos (SP)- como milhares de nordestino, tentando melhorar de vida. Trabalhava em lanchonete e restaurante como garçom e não tinha nenhum contato com a música. Entrei no conservatório e comecei a estudar violão clássico e cantar no coral religioso. Fazer música regional nem passsava por minha cabeça, até porque, a gente que vinha do interior, do nordeste ficava meio com vergonha, achava que as músicas daqui eram ultrapassadas- a gente mesmo discriminava. Com o tempo vi que não me identificava com a música clássica e me indicaram o Conservatório Folclórico de Santos. Uma professora, que veio de Recife foi quem despertou em mim a riqueza da cultura nordestina. Em uma festa de confraternização, cada aluno representaria a cultura de sua regiã e interpretei uma música, que eu mesmo compus; mas a apresentação não foi tão boa, porque eu não sabia dançar forró (risos).SC: Por que voltou para Sergipe? FN: Eu vivia muito triste em São Paulo. Sentia a falta da liberdade que tinha aqui- foi um período muito difícil. Ia do trabalho para casa,as pessoas com quem morava só queriam saber de bebidas e festas e eu não conseguia me adaptar a essas coisas. Com a morte de meu irmão, decidi voltar de vez. Nesse tempo compus "A Volta do Nordestino", onde eu expressei essa minha vontade de voltar. Não estava agüentando viver sem a liberdade e tranqüilidade que tinha em Boquim (cidade onde nasceu). Mas aprendi muito nesse tempo que morei lá. Então, quando cheguei, trabalhei três anos fazendo transporte entre Boquim e Aracaju, nessa época já estava muito ligado à música e sofri um pouco de discriminação da minha família por isso. SC: Quais foram suas influências? FN: Fui influenciado mesmo pelas sentinelas cantadas por minha mãe. Elas tinham sentimento, tinham dor, tinham uma história. As minhas lembranças mais fortes de música são da minha infância: de ouvir minha mãe cantando ladainha, de ouvir o galo, os passarinhos,... essas coisas do interior. Tanto que nas minhas composições eu sempre me refiro aos elementos do sertão: aos vira-latas, pangarés, periquitos e papagaios, ao jogador perna-de-pau, aos excluídos,... A família toda de minha mãe tinha dom para música, acho que herdei isso deles; mas dos filhos dela, eu sou o único músico. SC: Por que o nome Cabeça de Frade? FN: O grupo começou como Nordeste Independente. Com esse nome eu queria expressar o sofrimento do nordeste. Neste tempo, fazíamos shows durante todo mês de junho em Pedrinhas. Lá tinha grandes arraiás todos os anos e sempre tocávamos; isso durou até 1990. Depois disso, paramos um pouco. Em 1993, um amigo sugeriu Cabeça de Frade, que é um cacto do região. Gostei, até porque, é um elemento do sertão, que nunca foi explorado por músicos; e, além disso, é uma planta que sobrevive na seca, que gosta do sertão e é muito importante aos animais do sertão, já que serve de alimento para eles. E hoje, o Cabeça de Frade já é bem conhecido por aqui, tanto que eu virei o "Cabeça", é assim que eu sou chamado por muita gente. SC: Como aconteceu conhecer grandes nomes da música nordestina como Dominguinhos e Oswaldinho do Acordeon? FN: Durante os shows que a gente faz juntos, como Forró Caju. É bom conversar com eles porque sempre falam uma frase de incentivo, que nos ajudam a continuar com o nosso trabalho. SC: Qual a diferença da vida cultural sergipana do passado para a de hoje? FN: Diminuiu o espaço para a música. Não existe mais clubes e associações, onde a gente possa apresentar sempre, faltam casas noturnas, não tem nada fixo mais. Antes não tinham tantas bandas- era mais fácil, o que acontece hoje é muito músico para pouca festa. A concorrência com essa música mercadológica, que está tão forte também dificulta muito. O forró virou comércio, pirataria, que só busca promoção e descaracteriza o que ele realmente é. Além disso, a música está dependendo do setor político, que não dá base, incentivo e nem tem compromisso com o artista. Mas até mesmo os próprios músicos discriminam a produção local; não têm paciência para conquistar aos poucos seu público e entregam-se à música da moda, que está na mídia. Já tive vários músicos, que desistiram da banda porque não queriam tocar regional. Já passaram 30 músicos pela banda e, a maioria, saíu por isso. Eles não querem plantar, só querem colher, e colher maduro. Eu insisto, porque é o que gosto de fazer. Mesmo sabendo que não atrai público, o que procuro é riqueza cultural e não financeira; inclusive já tive prejuízos por ser em cego em administração, não saber lidar com o lado financeiro. Só sei cantar pelo prazer, pelo conteúdo da música, pela dor que está nela. Mas é muito difícil viver só da música aqui por essa falta de apoio e valorização. A Assaim, junto com esse projeto, está contribuindo para mudar essa realidade, está abrindo espaços. SC: O jovem faz parte do público do Cabeça de Frade? FN: Não. A juventude tem uma certa rejeição à música folclórica, regional. Eles fecham a porta mesmo. Não despertaram para a cultura, para a educação. Vão para os shows procurando a exposição do corpo da mulher, no nosso eles não encontram e acabam reagindo de forma ofensiva a isso. Mas, depois de vinte minutos de show, já estão dançando e gostando - isso acontece sempre. O problema é que não conhecem a música. SC: Como será o show de quinta-feira? FN: Nesse show vou cantar composições minhas e de Luís Gonzaga, Jorge de Altino, Trio Nordestino e outros. Vou mostrar o autêntico forró, que está em meu recente cd: Na Cara do Gol. Nele tem participação especial de Dominguinhos, Genaro e Oswaldinho do Acordeon, com várias composições consagradas pela crítica e pelo público; e também vou acrescentar 2 músicas inétidas, que estarão no meu próximo cd, onde farei um resumo do meu trabalho, uma coletânea. Esse show será um termômetro para eu medir como está o Cabeça de Frade em Aracaju; estou cheio de expectativas. SC: Algum sonho profissional? FN: Quero fazer um show em um teatro, onde tenha oportunidade para contar a história de cada música que faço, explicar cada frase, contar casos; onde possa interpretar, ter espaço para colocar vários músicos e dançarinos: fazer uma super produção. "Estava certo quando decidi a divulgação da música raiz, bebendo da fonte do Rei do Baião, fonte esta que não abri mão. Vou continuar cantando a fome,a sede. Ou seja, a seca do sertão, que é uma fonte inesgotável de inspiração."

*Entrevista extraída do endereço : http://www.infonet.com.br/noticias/cultura/ler.asp?id=6634


                               

                                CABEÇA DE FRADE - MISTÉRIO DA NATUREZA - (LP).






1 – O Cabeça chegou – ( Bacamarteiros de aguada – Foriano ).
2 – Mulher Pimenta – ( Zé Costa )
3 – Quem é você – ( Floriano*cabeça) – Particip.de Jeane ( Forró Brasil ).
4 – Estrela do Forró – ( Zé Costa )
5 – Ladainha – ( Floriano*Cabeça )
6 – Mistério da natureza – ( Floriano*Cabeça/Araujo jr.). *Particip. De Palmeirinha da Bahia.
7 – Brincar de Amor – ( Floriano*Cabeça) – Particip. De Eliel – (Aluizio do Tanque).
8 – Homenagem as Crianças – ( Floriano *Cabeça )
9 – Vaqueiro Apaixonado – ( Zé Costa )
10 – Forró de Cabra Verde – Particip. Especial de Soenildo do Acordeon.
11 – Sina de amor – ( Sidney Siva ) – Particip. Especial de Jó
12 – Forró Fiado – ( Zé Costa ).

 *Para baixar o disco clique AQUI .