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terça-feira, 26 de maio de 2015

O Sound System está ligado, o D'j está pronto: continuemos a festa !

   O Forrobodó sound system busca no universal encontrar pontos de acesso que possibilitem o preservar de nossa memória regional. Ele aproveita do fato de que as cancelas das conexões estão abertas e adentra-se por este terreno, adota essa linguagem.
   Alçeu já ia pra Paris tocar Toinho de Alagoas em festival de jazz onde interpretava uma versão “plugada” de “Balanço da Canoa” em plena efervescência tropicalista. Gilberto Gil já regravava Jackson, Luiz, Dominguinhos e Anastácia. Já na década de noventa, Chico Science também fez referências aos grandes Mestres da Cultura Popular, assim como o fez o poeta Siba, Dj Dolores e o próprio Alfredo Belo .
  E é por também acreditar nessas referências, que o FBSS lança-se ao ar e toma forma, na esperança de contribuir minimamente com suas vozes e suas memórias.
  Formatou-se dentro de um interesse leviano aos vinis que logo desembocou em um terreno de descobertas e possibilidades. Ouvindo Gilberto Gil percebeu a semelhança na cadência e divisão do Xote com Reggae e da Jamaica foi buscar a influência dos sound systens e dos Dj’s para definir-se, pois é sabido que os jamaicanos já faziam um “forrobodó” danado com os seus “sound systens”. Estes eram sistemas de som alimentados pelos vinis, precedente do cd e comandado pelo Disc Jockei, o futuro D’J.
  Assim o FBSS surgiu dentro da cultura do vinil, enraizou-se dentro do forró, enveredou por seus caminhos, pelos beats do triangulo, pelo groove da zabumba, pelo balanço da sanfona. Preza pela dança, pela festa, pelas memórias contidas nesses arquivos que muitas vezes jazem num canto empoeirado de um sebo. Acredita que essas vozes não podem deixar de serem ouvidas, de serem repassadas por gerações e que não podem ser tratados como sinônimo de “ultrapassada” ou  simplesmente “retrógradas”, como querem alguns. Assim o FBSS forma-se:  da pesquisa, recuperação, tratamento, até chegar na disponibilização dos arquivos. Além das eventuais discotecagens, onde o FBSS assume o papel do D’J, personalizando assim mais do que nunca essa sincronia entre o universal e o regional, porém sem perder seu sotaque, seu ritmo, seu suingue, seu dialeto que caracterizam a região que o moldou.
  Portanto, este é o terreiro sobre o qual pisaremos para amassar o barro do chão, arrastarmos os chinelos no xap xap do xaxado.
  Então para começarmos em grande estilo, chegou a hora de jogar no ar e de compartilhar nossa humilde contribuição a este enorme forrobodó.
O Sound System está ligado, o D’j está pronto, tragam o material e continuemos a festa !

FBSS.

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